Banco também anuncia a carência de 180 dias para o financiamento de imóveis novos, que beneficiará tanto construtoras como interessados em adquirir moradia
Para preservar 1,2 milhão de empregos e estimular investimentos no setor da construção civil, a Caixa Econômica Federal anunciou na manhã desta quinta-feira, 9, a injeção de 43 bilhões de reais por meio de dez medidas de estímulos. As ações, que beneficiarão 5 milhões de famílias, foram distribuídas em dois grupos: pessoas físicas e empresas.
Na visão de Pedro Guimarães, presidente da instituição, a mais importante delas é a carência de 180 dias para o financiamento de imóveis novos – medida que abarca tanto as construtoras como interessados em adquirir uma nova moradia.
Com o anúncio, a Caixa prevê que manterá o mercado imobiliário a todo o vapor. A projeção do banco é que as medidas sejam suficientes para a construção de 530.000 unidades habitacionais, o que irá catapultar o setor ao espaço de salvador do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, que será muito impactado em decorrência do novo coronavírus (Covid-19).
“Esta medida de 43 bilhões de reais de dinheiro novo é muito importante porque permite com que as empresas continuem trabalhando normalmente, tanto as construtoras pequenas, como as médias e as grandes”, dissera Guimarães. “A medida que nos dá mais orgulho é a de seis meses de carência. Isso nunca aconteceu e reforça a questão de equilíbrio entre o problema da saúde e o da economia.”
Para receber a injeção de liquidez, as incorporadoras firmaram um acordo com a Caixa para não demitir os funcionários. Guimarães disse que, caso a disseminação da enfermidade se acelere no país, a instituição poderá ampliar as linhas de créditos. Ao todo, a Caixa irá destinar 154 bilhões de reais para o suporte das famílias mais impactadas com a pandemia. Isso inclui, por exemplo, o pagamento da renda básica emergencial, apelidada de “coronavoucher”. “Nós não aceitaremos demissão e ao mesmo tempo queremos o maior tipo de proteção aos funcionários das construtoras neste momento. Se houver demissão ou não houver proteção, essa regra não vale”, afirmou.
FONTE: Veja.